terça-feira, 4 de março de 2014

temos que deixar de ter uma critica resignada e passar a ter uma atitude construtiva,

algum dos motores da mudança têm que vir das universidades,
pior que o garrote financeiro,  é
o garrote da nao liberdade e da nao autonomia,

segunda-feira, 3 de março de 2014

Este é o mesmo texto para duas opiniões. É muito frequente acontecer isto - primeiro ter uma opinião, da qual estamos muito convictos à cerca dos termos com que nos vamos explicar e no espaço de dois dias, uma hora ou uma conversa, passamos a uma segunda opinião que anula a primeira.
Hoje jantei com os meus colegas do conservatório. Desde que cheguei que tenho tentado entusiasmar todos com uma espécie de onda positiva que veio comigo do brasil sobre o modo de nos relacionarmos como pessoas e como artistas. Então estive convencida de que devíamos todos juntar-nos para pensar a conjuntura atual das artes e em como deveríamos agir. Criar numa estrutura de raiz que se diferencie da actual pela sua organização - a criação de uma plataforma que funcionando em rede, estabelece um diálogo directo entre as diferentes companhias da cidade.
Estes diferentes colectivos juntar-se-iam para pensar o destino da conjuntura das artes em Portugal.
É claro que para tudo isto o ponto de partida seria juntar artistas que partilhassem comuns. Por exemplo, o facto de todas estas companhias quererem ter lugar nos espaços municipais e isso não ser possível. Porque estão ocupados pelas mesmas companhias há mais de 30 anos. A proposta era não só acabar com este regime de exclusividade como também iniciar este diálogo.
A segunda opinião surgiu neste jantar quando falei desta ideia. Percebi que, talvez pelo modo como a expus, ela parecia ( e com certeza é, pelo menos um bocadinho) uma grande vontade que tenho de ver esta comunicação tornar-se possível. Na verdade, as companhias de que falo, são as dos meus colegas, que por princípio escolhem afastar-se da programação generalizada. Querem e têm o direito de discordar e guerrear pelo seu espaço pentencendo a uma batalha justa entre valores, política e teatro. Explicavam-me que todas as afinidades devem aparecer a seu tempo, ao longo do tempo e que não devem ser forçadas. A radicalidade da juventude é também o seu elixir. Foi aí que eu pensei que a minha proposta pode ser feita, mas a inclusão de todos ser uma intenção pode ser um acto moralista.