quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Velhos e novos - brigas eternas
Ter uma alma velha ou tradicional não tem idade. Também não tem assunto. Ontem na galeria senti que falei quando não devia quando, indignada com a escolha de convidados para os nossos encontros sobre industrias criativas, por serem só a velha guarda das artes, propus que convidássemos companhias novas. O que pensei foi - se estamos à procura de definição, porque não convidar grupo que se está também a definir? De que nos serve conversar com alguém que já sabe o que está a fazer porque julga saber do que tudo se trata? Ou então que trabalha sobre o mesmo há mais de 20 anos e não tem interesse em mudar a sua forma de trabalhar? Isto é possível, justo e pode até ser interessante: conservar e aprofundar métodos e interesses. Mas se queremos perceber esta nova conjuntura que, de alguma forma nos afecta a todos, é necessário ouvir a nova geração que cresce e se forma neste contexto.
Acredito que estes confrontos de gerações aconteçam em todas as áreas, mas na arte, que atua, por definição, na urgência para o legado da memória das pessoas e da sua compreensão, tudo parece maior e mais complicado.
Na verdade não é nem deverá ser. É preciso que falemos, é preciso que discordemos. Mas principalmente que façamos tudo isto de acordo.
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